Hoje dia 1 de Dezembro, celebramos a Restauração da Independência de Portugal face a Espanha e uma das personagens heróicas femininas da História de Portugal, D. Filipa de Vilhena, Marquesa de Atouguia.
Nascida da união entre D. Jerónimo Coutinho e D. Luísa de Faro, o seu pai foi conselheiro de Estado, Presidente do Desembargo do Paço e nomeado vice-rei da Índia em 1619, cargo que recusou. Foi casada com o 5º conde de Atouguia, D. Luís de Ataíde, que morreu, deixando-a com dois filhos: D. Jerónimo de Atouguia e D. Francisco Coutinho.
Tomando conhecimento dos preparativos para a revolução de 1 de Dezembro de 1640, instigou os seus filhos a aderir e a partilharem "os perigos de seus irmãos em fidalguia e em nacionalidade". Na madrugada de 1 de Dezembro, por ser viúva, cingiu ela própria as armas aos seus dois filhos, instando-os a combater pela pátria e "dizendo-lhes que não voltassem senão honrados pelos louros da vitória".
Como recompensa pelos seus serviços à pátria, Filipa recebeu da nova rainha D. Luísa de Gusmão o cargo de camareira-mor e de aia do príncipe D. Afonso, o futuro rei de Portugal, D. Afonso VI. Filipa de Vilhena morre em Lisboa no dia 1 de Abril de 1651 e é sepultada na Igreja de Santos-o-Velho.
Tomando conhecimento dos preparativos para a revolução de 1 de Dezembro de 1640, instigou os seus filhos a aderir e a partilharem "os perigos de seus irmãos em fidalguia e em nacionalidade". Na madrugada de 1 de Dezembro, por ser viúva, cingiu ela própria as armas aos seus dois filhos, instando-os a combater pela pátria e "dizendo-lhes que não voltassem senão honrados pelos louros da vitória".
Como recompensa pelos seus serviços à pátria, Filipa recebeu da nova rainha D. Luísa de Gusmão o cargo de camareira-mor e de aia do príncipe D. Afonso, o futuro rei de Portugal, D. Afonso VI. Filipa de Vilhena morre em Lisboa no dia 1 de Abril de 1651 e é sepultada na Igreja de Santos-o-Velho.
D. Filipa de Vilhena armando os filhos cavaleiros de Vieira Portuense (1801) |
Na cultura popular
Em 1801, o Visconde de Anadia encomenda a Vieira Portuense (1765-1805) uma grande pintura histórica para comemorar a paz com a Espanha e glorificar o Príncipe Regente, D. João VI. A boa recepção da pintura granjeia a Vieira reconhecimento internacional e a nomeação real de primeiro pintor da Real Câmara e Corte. Na opinião de Paulo Varela Gomes: "o que é especialmente interessante no quadro é o compromisso pictórico entre as correntes proto-românticas ainda ligadas ao Barroco e a retórico de gestos que deriva do Rococó e, finalmente os esquemas compositivos neoclássicos".
Esta obra pertenceu a uma colecção particular até 2007, altura em que se perdeu num incêndio em casa do proprietário. A cena foi igualmente tema de uma aguarela de Roque Gameiro e da peça de teatro de Almeida Garrett "D. Filipa de Vilhena", estreada no Teatro do Salitre no dia 30 de Maio de 1840.
LAC
Em 1801, o Visconde de Anadia encomenda a Vieira Portuense (1765-1805) uma grande pintura histórica para comemorar a paz com a Espanha e glorificar o Príncipe Regente, D. João VI. A boa recepção da pintura granjeia a Vieira reconhecimento internacional e a nomeação real de primeiro pintor da Real Câmara e Corte. Na opinião de Paulo Varela Gomes: "o que é especialmente interessante no quadro é o compromisso pictórico entre as correntes proto-românticas ainda ligadas ao Barroco e a retórico de gestos que deriva do Rococó e, finalmente os esquemas compositivos neoclássicos".
Esta obra pertenceu a uma colecção particular até 2007, altura em que se perdeu num incêndio em casa do proprietário. A cena foi igualmente tema de uma aguarela de Roque Gameiro e da peça de teatro de Almeida Garrett "D. Filipa de Vilhena", estreada no Teatro do Salitre no dia 30 de Maio de 1840.
LAC
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